16 Histórias Infantis pequenas para ler ou ouvir online
- Jéssica Iancoski
- 13 de mar. de 2020
- 14 min de leitura
Atualizado: 7 de mai. de 2020
É aconselhável que as histórias infantis para ler estejam facilmente disponíveis, isso ajuda a tornar a leitura mais fluida e natural.
As historinhas são um recurso importante para o desenvolvimento infantil em vários aspectos, desde a criatividade até o desenvolvimento social da criança.
As histórias infantis auxiliam as crianças a conhecerem o mundo, a se habituarem com as palavras e até mesmo a se aproximarem de sentimentos.
Por isto, é tão importante que as histórias infantis sejam lidas pelos pais, pelos professores e até mesmo pelas crianças.
Histórias infantil precisam ser contadas!
Gêneros Narrativos da Literatura Infantil
As histórias infantis são compostas por vários tipos de historinhas para ler, desde contos de fadas até fábulas clássicas.
Temos histórias de princesas, do gato de botas, Os três porquinhos e muito mais!
Os principais gêneros narrativos da literatura infantil são Mito, Lenda, Fábula, Apólogo, Conto, Crônica, Novela.
Literatura Infantil: Mito
O mito é uma narrativa atemporal que explica as origens de modo não racional, como os mitos gregos de Zeus, o Deus supremo do Céu e Hera, Deusa protetora das Mulheres.
História Infantil 1: Zeus
Essa história infantil faz parte de uma coleção de mitologia grega para crianças.
Conta a história de Zeus, o Deus supremo da mitologia grega.
Um dia, o pai de Zeus quase o devorou, mas Zeus sobreviveu e pegou o trono para si e construiu um império de Deuses admirável.
História Infantil 2: Minotauro
O Minotauro é conhecido por sua presentação na mitologia grega. Nela, ele é uma criatura com cabeça de touro e corpo de homem.
Literatura Infantil: Lenda
As Lendas são narrativas histórias que são baseadas em criações coletivas de um povo.
Costumam contemplar fatos acontecidos a um pessoa ou tempo histórico com distorções.
Exemplos são a Mula sem Cabeça e o Saci Pererê.
História Infantil 3: A Mula sem Cabeça
A Origem da história infantil da mula sem cabeça é desconhecida, mas é muito associada ao Brasil.
A Mula sem cabeça, como o nome sugere, é uma mula que não tem uma cabeça.
No lugar, ela solta fogo.
História Infantil 4: O Saci Pererê
O saci-pererê é um personagem muito querido do folclore brasileiro.
Ele é um garoto muito travesso que possui apenas uma perna e uma toca vermelha!
Literatura Infantil: Fábula
A Fábula é o gênero mais conhecido das histórias da literatura infantil.
São histórias infantis curtas marcadas por personagens de animais que falam!
Além disto, costuma apresentar uma moral no final da história.
Alguns exemplos são a Raposa e as Uvas, a Lebre e a Tartaruga e a Onça Doente.
História Infantil 5: A Lebre e a Tartaruga
Era uma vez uma lebre do bosque a quem chamavam de Rosita que era muito vaidosa. De entre todos os animais do bosque, ela achava-se a mais bonita, a mais esperta e a mais rápida. Além disso, ninguém tinha melhor faro para achar comida do que ela! Numa palavra só, de todos os animais daquele bosque, ninguém era melhor que ela!
No mesmo bosque vivia uma tartaruga, chamada D. Lentidão, que todas as manhãs passeava vagarosamente junto à margem do rio. Como a tartaruga, a lebre Rosita também se dirigia todas as manhãs para o rio em busca do pequeno almoço, encontrando pelo caminho a D. Lentidão.
Além de ser muito convencida, a lebre Rosita também gostava muito de zombar dos outros, e assim que via a tartaruga, começava logo a rir-se dela, chamando-lhe de velha, lenta e outros nomes muito piores!
Numa tarde quente de verão em que os animais do bosque estavam todos reunidos debaixo da sombra de uma grande árvore, a lebre resolveu zombar de D. Lentidão mais uma vez e desafiou-a para uma corrida.
Os animais do bosque ao ouvir semelhante coisa, começaram todos a rir. A raposa Cecília, que muito gostava destas confusões, afirmou que a tartaruga até poderia ganhar à lebre. Tudo dependia da vantagem que se desse à D. Lentidão na corrida e, sendo assim, até apostaria nela.
Todos os animais do bosque começaram a falar ao mesmo tempo sobre a corrida e, discutiam calorosamente qual a possibilidade da tartaruga D. Lentidão poder ganhar à lebre Rosita.
A lebre ao ouvir tais comentários, começava a ficar aborrecida pois achava impossível alguém duvidar das suas capacidades de corredora.
Já que a tartaruga aceitara o desafio, decidiu-se então qual o melhor dia para a corrida e quais as condições, ficando a raposa Cecília responsável por organizar tudo. Ficou decidido que a meta seria junto ao rio, onde todos os animais estariam à espera.
No dia e hora da corrida, já a lebre e a tartaruga se encontravam nos seus lugares: A lebre Rosita muito alegre e confiante da sua vitória e, a D. Lentidão com os seus olhos pequeninos e tristes, parecendo mais pesada do que nunca.
Enquanto a lebre começava a corrida na linha de partida, junto da árvore do melro
Fortunato, a tartaruga começava mais a frente, quase a meio do caminho, em direção ao rio.
A raposa Cecília deu o sinal de partida e a tartaruga, sem perder tempo começou logo a andar pela encosta abaixo. Mas Rosita continuava parada, enquanto via D. Lentidão vagarosamente percorrendo o caminho, e gritava: “Não corras tanto velha tartaruga que ainda cais e te magoas!”.
A lebre decidiu então fazer uma pequena sesta junto à árvore do melro Fortunato, pois a tartaruga ia de tal maneira devagar que a lebre, em duas passadas, a alcançaria rapidamente e conseguiria ganhar a corrida.
Pouco a pouco, D. Lentidão lá ia fazendo o seu percurso em direção à meta, já muito cansada mas sem desistir. Alguns animais da floresta acompanhavam a tartaruga, animando-a com palavras de encorajamento.
Já estava a D. Lentidão quase a chegar à meta quando a lebre Rosita acordou de um salto só, viu a tartaruga lá longe e correu monte abaixo como louca. O melro Fortunato só gritava: ”Cuidado Rosita, assim vais cair!”. Mas Rosita não ouvia o melro e continuava em direção à meta convencida da sua vitória.
Os animais do bosque estavam cada vez mais animados e gritavam uns pela tartaruga, outros pela lebre, mas com a aproximação rápida da lebre, já poucos duvidavam da sorte da tartaruga.
Foi então, muito perto do fim que a D. Lentidão tropeçou numa pedra, deu uma cambalhota e começou a rolar estrada abaixo!
Sem se aperceberem bem do que tinha acontecido, os animais do bosque viram D. Lentidão atravessar a linha da meta a rebolar! Era incrível… a tartaruga tinha ganho a corrida perante o olhar espantado da lebre!
Todos deram vivas à tartaruga, levando-a em ombros enquanto a convencida da lebre Rosita fugia para a sua toca, de orelhas baixas e muito envergonhada.
(Site Estudo Kids)
História Infantil 6: A Raposa e as Uvas
Uma Raposa, morta de fome depois de um jejum não intencional, viu, ao passar diante de um pomar, penduradas nas ramas de uma viçosa videira, alguns cachos de exuberantes Uvas negras, e o mais importante, que pareciam maduras.
Não pensou duas vezes, e depois de certificar-se que o caminho estava livre de intrusos, resolveu colher seu alimento.
Para isso não poupou esforços. E usando os seus dotes, conhecimentos e artifícios resolveu pegá-las. E, embora estivessem fora do seu alcance, não desistiu sem antes tentar de todas as formas.
Desolada, cansada, faminta e frustrada com o insucesso de sua empreitada, suspirando, deu de ombros, e finalmente se deu por vencida.
Por fim, deu meia volta e foi embora. Apesar de desapontada com seu fracasso, ainda assim saiu consolando a si mesma, dizendo:
"Na verdade, olhando agora com mais atenção, percebo que as Uvas estão todas estragadas e não maduras como a princípio imaginei..."
Moral da História 1:
Ao não reconhecer ou aceitar as próprias limitações, perde o indivíduo a oportunidade de ouro para corrigir suas falhas…
Moral da História 2:
Cada limitação não corrigida potencializa nossos pontos fracos e eventuais desvios de caráter…
(Tradução Alberto Filho)
História Infantil 7: A Serpente e o Pirilampo
Certa vez uma serpente começou a perseguir um pirilampo. Cheio de medo, o pirilampo fugia rapidamente, mas a serpente continuava atrás dele sem desistir. E isto durou até que no terceiro dia de perseguição o pirilampo, já sem forças, resolveu parar e perguntou à serpente:
— Posso fazer três perguntas?
— Não costumo abrir esse precedente, mas já que te vou devorar, pode perguntar…
— Pertenço à tua cadeia alimentar ?
— Não.
— Te fiz algum mal?
— Não.
— Então porque quer acabar comigo?
— Porque não suporto ver você brilhar…
Moral da história: Não procure um sentido lógico na inveja.
(Site Refletir para Refletir)
História Infantil 8: A Onça Doente
A Onça doente é uma Fábula de Monteiro Lobato.
É sobre a esperteza de uma onça machucada que para não morrer de fome pensa em um plano para poder se alimentar sem precisar caçar.
Literatura Infantil: Apólogo
Em partes, o Apólogo é parecido com as fábulas, pois também contém personagens não humanos e uma moral no fim.
Entretanto, o apólogo tem como foco os objetos.
História Infantil 9: Apólogo da Máscara
No pequeno hospital municipal da cidade de Fortaleza, existia uma máscara muito vaidosa e muito arrogante. Em uma certa manhã, um algodão lhe disse:
- Você sabe o que todo mundo está comentando?
- Do que você está falando?
- Da doença que começou a se espalhar pelo país!
- Que doença?
- Não sei ao certo, mas acho que é a gripe suína.
- Uma gripe de porco? Eu odeio animais. Espero que este hospital não atenda casos desse tipo. Eu sou uma máscara, sou usada para cirurgias, nunca terei contato com casos desse tipo de periferia.
- Calma.
- Lugar de porco é no chiqueiro e quem estiver com essa tal gripe que vá procurar outro lugar.
Uma enfermeira entra na sala, pega a máscara e a leva para a recepção. A coitada da máscara começou a gritar, desesperadamente, quando ficou sabendo para o que seria usada. A máscara teria a importante função de proteger os seres humanos do vírus da gripe suína. O algodão, vendo o sofrimento da máscara, disse:
- Não devemos criticar algo que não conhecemos, pode ser que o destino nos aproxime de algo que hoje nós rejeitamos.
(Jonas Viana)
Literatura Infantil: Conto
Um conto também é um gênero de histórias infantis caracterizado por ser curto com poucos personagens e ação única.
Há vários tipos de contos, os contos de fadas, os contos maravilhosos, os contos do cotidiano e muitos outros!
História Infantil 10: A Branca de Neve e os 7 anões (Conto de Fadas)
Era uma vez um rei que vivia num reino distante, com a sua filha pequena, que se chamava Branca de Neve. O rei, como se sentia só, voltou a casar, achando que também seria bom para a sua filha ter uma nova mãe. A nova rainha era uma mulher muito bela mas também muito má, e não gostava de Branca de Neve que, quanto mais crescia, mais bela se tornava.
A rainha malvada tinha um espelho mágico, ao qual perguntava, todos os dias:
– Espelho meu, espelho meu, haverá mulher mais bela do que eu?
E o espelho respondia:
– Não minha rainha, és tu a mulher mais bela!
Mas uma manhã, a rainha voltou a perguntar o mesmo ao espelho, e este respondeu:
– Tu és muito bonita minha rainha, mas Branca de Neve é agora a mais bela!
Enraivecida, a rainha ordenou a um dos seus servos que levasse Branca de Neve até à floresta e a matasse, trazendo-lhe de volta o seu coração, como prova.
Mas o servo teve pena da Branca de Neve e disse-lhe para fugir em direção à floresta e nunca mais voltar ao reino.
Já na floresta, Branca de Neve conheceu alguns animais, os quais se tornaram seus amigos. Também encontrou uma pequenina casa e bateu a sua porta. Como ninguém respondeu e a porta não estava fechada à chave, entrou. Era uma casa muito pequena, que tinha sete caminhas, todas muito pequeninas, assim como as cadeiras, a mesa e tudo o mais que se encontrava na casa. Também estava muito suja e desarrumada, e Branca de Neve decidiu arrumá-la. No fim, como estava muito cansada, deitou-se nas pequenas camas, que colocou todas juntas, e adormeceu.
A casa era dos sete anões que viviam na floresta e, durante o dia, trabalhavam numa mina.
Ao anoitecer, os sete anões regressavam à sua casinha, quando deram com Branca de Neve, adormecida nas suas caminhas. Que surpresa! Com tanta excitação, Branca de Neve acordou, espantada e rapidamente se apresentou:
– Eu sou a Branca de Neve.
E os sete anões, todos contentes, também se apresentaram:
– Eu sou o Feliz!
– Eu sou o Atchim e este é o Miudinho.
– Eu sou o Sabichão, e estes são o Dorminhoco e o Envergonhado.
– E eu sou o Rezingão!
– Prazer em conhecê-los. Respondeu Branca de Neve, e logo contou a sua triste história. Os anões convidaram Branca de Neve a viver com eles e ela aceitou, prometendo-lhes que tomaria conta da casa deles.
Mas a rainha má, através do seu espelho mágico, descobriu que Branca de Neve estava viva e que vivia na floresta com os anões.
Então, furiosa, vestiu-se de senhora muito velha e feia e foi ter com Branca de Neve. Com ela levou um cesto de maças, no qual tinha colocado uma maça vermelha que estava envenenada!
Quando viu Branca de Neve, cumprimentou-a gentilmente, e ofereceu-lhe a maça que tinha veneno.
Ao trincá-la, Branca de Neve caiu, como se estivesse morta. A malvada rainha fugiu e, avisados pelos animais do bosque, os sete anões regressam apressadamente a casa, encontrando Branca de Neve caída no chão.
Muito chorosos, os anões colocam Branca de Neve numa caixa de vidro, rodeada por flores.
Estavam todos em volta de Branca de Neve, quando surgiu, no meio do bosque, um príncipe no seu cavalo branco. Ao ver Branca de Neve, o príncipe de imediato se apaixonou por ela e, num impulso, beijo-a. Branca de Neve acordou: Afinal estava viva!
Os anões saltaram de alegria e Branca de Neve ficou maravilhada com o príncipe!
O príncipe levou Branca de Neve para o seu castelo, onde casaram e viveram muito felizes para sempre.
(Site Estudo Kids)
História Infantil 11: Pocahontas
Há muitos anos, nas terras da Virgínia, vivia uma jovem índia chamada Pocahontas. Um dia seu pai, o grande chefe Ponhatan, comunico-lhe que Kocoum, o guerreiro mais valente da tribo, havia pedido em casamento.
Pocahontas, confusa, foi pedir conselho à Avó Willow, um velho espírito que habitava uma árvore na Floresta Encantada.
– Vovó – perguntou Pocahontas – o que devo fazer?
– Minha jovem, tudo à sua volta são espíritos. Ouça-os com o coração e eles lhe mostrarão o caminho.
O navio “Suzan Constant” acabava da aportar na Virgínia. Neles viajavam colonos ingleses comandados pelo governador Radcliffe e pelo capitão John Smith.
Vinham em busca de terras e ouro. Tão logo desembarcaram, o governador ordenou ao capitão que fosse inspecionar o lugar.
Ao entardecer, enquanto John Smith explorava a floresta, ouviu um ruído. Não lhe deu importância e se aproximou do rio para beber água.
Nesse momento, notou que alguém o seguia. Escondido, preparou sua arma e, quando ia atirar, descobriu a moça mais linda que já tinha visto: Pocahontas.
Embora a princípio a jovem aparentava estar assustada, logo confiou em John. Juntos compartilharam momentos muito felizes, descobrindo os segredos da natureza. Mas a felicidade de Pocahontas e John Smith durou pouco . . .
A ganância de Ratcliffe havia colocado os colonos contra os índios. Pocahontas tentou evitar a guerra, mas um dos colonos disparou contra Kocoum e o matou. Os índios condenaram o capitão Smith à morte.
No momento em que iam executá-lo, Pocahontas se pôs à frente de John, para protegê-lo.
– Se o matarem, terão de me matar primeiro – disse a seu pai.
Os colonos, surpresos com a coragem de Pocahontas, baixaram as armas.
Radcliffe, furioso disparou contra Pohantan. O valente Smith se colocou à frente do chefe índio e o tiro o atingiu.
Diante da gravidade dos ferimentos, John teve de voltar à Inglaterra.
Pocahontas se despediu dele sabendo que um levaria o outro para sempre no coração.
História Infantil 12: O Planeta das Namoradas (Contos Maravilhosos)
O Planeta das Namoradas é um conto sobre um outro planete responsável por fabricar e enviar as namoradas para a Terra
História Infantil 13: Beliso Pesseguinho (Contos do Cotidiano)
Conta a história de um menino de pais ausentes que cresce aprontando a maior de suas travessuras.
Caso você prefira, esse conto também está disponível em versão ilustrada!
Literatura Infantil: Crônica
Dentre as histórias infantis, a Crônica é a qual está mais próxima da realidade e dos assuntos cotidianos.
Corre o risco de envelhecimento pois é focado na observação da realidade.
História Infantil 14: As Três Pipas do Vovô
- Amanhã é dia de que? – Meus filhos perguntam, os três ao mesmo tempo.
- Amanhã é dia de vovô e vovó – Eu respondo.
Eles saem saltitantes pela casa brincando e gritando.
-EBA! Amanhã é dia de vovô.
Como é bom "ser" criança e esperar pela visita dos avós no "mingo" (Domingo, dia dos avós). Uma semana eles vêem, outra nós vamos.
Neste dia, o vovô veio cheio de papéis, cola e tesoura. É dia de vovô e também de churrasco. OBA!
A surpresa do dia. O Vovô faria pipas para as crianças. Depois do churrasco, o vovô sentou, rodeado de seus trinetos para confeccionar as pipas. Sentados lá na garagem, ficaram a tarde toda fazendo uma pipa, enquanto ele resgatava gostosas memórias de sua própria infância. Uma tarde não seria suficiente para as três pipas. Mas a diversão já estava preparada. Só faltava o vento!
Cadê o vento?
Naquela tarde muito quente de verão não tinha vento, mas não impediu que a turma se divertisse da mesma forma. Foi preciso mais um domingo para o término das pipas. E o tão esperado dia de vento apareceu, afinal. Munido das três pipas, dos trinetos e eu, com a câmera a tira colo, vovô partiu para o que seria a nossa aventura dominical. Chegamos de mansinho naquela praça no final da tarde. Havia crianças brincando de bola, casais tomando chimarrão, crianças no balanço, outros exercitando-se. Talvez, chovesse. Talvez ventasse. Estava estranho. A principio, nenhum vento, para a tristeza das crianças. O vovô meio desapontado olhava para as nuvens. De repente, uma brisa o animou. Ele disse:
- Olha o vento! – Correu para o carro e buscou as três pipas.
Elas teimaram um pouco, mas subiram. Aos poucos as crianças pegaram o jeito. Corriam pela grande praça, enquanto as pipas voavam chamando atenção do restante das pessoas. Aos poucos outras crianças foram surgindo e querendo experimentar, crianças, talvez, sem um avô maravilhoso como este que confeccionava pipas.
De longe, sentada no banco eu registrava os momentos com todas as fotos que podia. Meu pai ao lado dos netos e rodeado de crianças de todas as cores. Agradeci pelo momento tão maravilhoso desfrutado ao lado de meu pai e meus filhos trigêmeos.
Uma brincadeira quase tão rara nas nossas praças de cidades grandes com pais e avôs ocupados. Uma brincadeira gostosa num lindo final de tarde de verão coroada pelos raios de um por de sol igualmente raro.
Como é bom "ter" crianças e viver toda esta alegria.
Por isso, não me canso de agradecer:
-Obrigada.Viva o Vovô com suas três pipas!
(Aline Dexheimer. Site QDivertido)
História Infantil 15: Pechada
O apelido foi instantâneo. No primeiro dia de aula, o aluno novo já estava sendo chamado de "Gaúcho". Porque era gaúcho. Recém-chegado do Rio Grande do Sul, com um sotaque carregado. — Aí, Gaúcho! — Fala, Gaúcho! Perguntaram para a professora por que o Gaúcho falava diferente. A professora explicou que cada região tinha seu idioma, mas que as diferenças não eram tão grandes assim. Afinal, todos falavam português. Variava a pronúncia, mas a língua era uma só. E os alunos não achavam formidável que num país do tamanho do Brasil todos falassem a mesma língua, só com pequenas variações? — Mas o Gaúcho fala "tu"! — disse o gordo Jorge, que era quem mais implicava com o novato. — E fala certo — disse a professora. — Pode-se dizer "tu" e pode-se dizer "você". Os dois estão certos. Os dois são português. O gordo Jorge fez cara de quem não se entregara. Um dia o Gaúcho chegou tarde na aula e explicou para a professora o que acontecera. — O pai atravessou a sinaleira e pechou. — O que? — O pai. Atravessou a sinaleira e pechou. A professora sorriu. Depois achou que não era caso para sorrir. Afinal, o pai do menino atravessara uma sinaleira e pechara. Podia estar, naquele momento, em algum hospital. Gravemente pechado. Com pedaços de sinaleira sendo retirados do seu corpo. — O que foi que ele disse, tia? — quis saber o gordo Jorge. — Que o pai dele atravessou uma sinaleira e pechou. — E o que é isso? — Gaúcho... Quer dizer, Rodrigo: explique para a classe o que aconteceu. — Nós vinha... — Nós vínhamos. — Nós vínhamos de auto, o pai não viu a sinaleira fechada, passou no vermelho e deu uma pechada noutro auto. A professora varreu a classe com seu sorriso. Estava claro o que acontecera? Ao mesmo tempo, procurava uma tradução para o relato do gaúcho. Não podia admitir que não o entendera. Não com o gordo Jorge rindo daquele jeito. "Sinaleira", obviamente, era sinal, semáforo. "Auto" era automóvel, carro. Mas "pechar" o que era? Bater, claro. Mas de onde viera aquela estranha palavra? Só muitos dias depois a professora descobriu que "pechar" vinha do espanhol e queria dizer bater com o peito, e até lá teve que se esforçar para convencer o gordo Jorge de que era mesmo brasileiro o que falava o novato. Que já ganhara outro apelido: Pechada. — Aí, Pechada! — Fala, Pechada!
(Luis Fernando Veríssimo)
Literatura Infantil: Adaptação
Adaptações são textos ou histórias que originalmente não foram escritas para crianças, mas que ganharam uma versão infantil.
História Infantil 16: Olavo, o Menino que ouvia Estrelas
Olavo, o Menino que ouvia Estrelas é uma adaptação do poema "Ouvir Estrelas" de Olavo Bilac.
O texto deixa de ser um poema e ganhar a versão de um conto infantil.
Caso prefira, o conto também está disponível em texto, com ilustrações também!
Comments