A Lenda do Bicho-Preguiça - Jéssica Iancoski | Lenda Indígena
- Jéssica Iancoski
- 31 de mar. de 2021
- 3 min de leitura
Atualizado: 29 de abr. de 2022
A Lenda do Bicho-Preguiça na versão de Jéssica Iancoski e Daniele de Andrade.
A história infantil em áudio foi gravada para o Podcast Infantil Jejéqui Lê.
Conta sobre como, segundo uma lenda indígena, surgiu o primeiro bicho-preguiça.
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História infantil em áudio: A Lenda do Bicho-Preguiça
(para Jasmin e Thales, filhos da Daniele)
Há muito e muito tempo, quando a maioria das pessoas morava perto das florestas, existiu um índio que era muito rápido!
Ele era tão rápido, mas tão rápido, que as atividades de caça não eram um problema para ele! Além do mais, essa qualidade o tornava um excelente guerreiro indígena!
Entretanto, ele também tinha um defeito: ele sabia que era rápido e, por isso, tinha o ego do tamanho da árvore mais alta!
O jovem ia crescendo e o Cacique ia ficando cada vez mais impressionado com a velocidade dele. Até que chegou o dia em que o Cacique sugeriu um casamento entre a sua filha e o índio rápido!
Os dois estavam de acordo e enquanto os preparativos do casamento iam acontecendo na aldeia, a filha do Cacique pediu ao pretendente um presente.
— Eu quero que você pegue o vaso do curandeiro da aldeia e traga-o para mim, como um símbolo do seu amor — falou ela.
— Mas eu não concordo com isso! Não acho certo, o vaso não é nosso — respondeu o índio.
Como a jovem sabia do ego do futuro marido, ela disse para mexer com a vaidade dele:
— Ah, tudo bem! Achei mesmo que poderia ser demais para você mesmo. Não tem problema, não tem problema… Peço para qualquer outro índio…
E tomado pelo ego, o índio correu e roubou o vaso do curandeiro.
Mais tarde, naquele mesmo dia, o curandeiro percebeu que o vaso tinha sumido e jogou uma maldição no ladrão:
— Se o vaso não aparecer, quem estiver com ele se tornará o oposto do que é!
Os indígenas ficaram bem quietinhos e resolveram que não iam devolver o vaso.
E com o passar dos dias, o índio que era rápido, foi ficando muito e muito LEEENTOOO.
Até que chegou o dia do casamento. Todos da aldeia estavam pintados, inclusive a filha do Cacique, eles estavam esperando o jovem chegar para que a cerimônia pudesse começar.
Contudo, ele chegou muito atrasado!
Nesse momento, souberam que ele tinha roubado o vaso! Afinal, como que o índio mais rápido de todos poderia ter se atrasado tanto? Só se ele tivesse se tornado o oposto do que era!
E todos ficaram furiosos! Mas não terminou por aí…
Quando olharam para a jovem, ela estava toda coberta de pelos! Só a cara que permanecia pintada!
Ela ficou apavorada e disse que ia devolver o vaso ao curandeiro, desde que a maldição fosse quebrada.
Então, ela saiu correndo para buscá-lo!
Entretanto, no momento em que ela segurou o vaso, as mãos dela tomaram uma forma estranha: com três garras no lugar dos dedos, perdendo a articulação das falanges e, por consequência, soltando o vaso no chão.
— CRASHHHHHH! — O vaso se partiu em muitos pedaços.
A maldição não poderia nunca mais ser desfeita.
O Cacique não teve outra alternativa senão banir os dois para a floresta. Uma aldeia não poderia ter pessoas como eles…
E, assim, os dois se tornaram bichos-preguiça: leeeeeeentos, peludos e com o rosto pintado!
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Moral da história
O ego é bem perigoso, devemos fazer sempre a coisa certa, para não nos prejudicarmos e nem prejudicar as outras pessoas.
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