Hilda Hilst - Poema Ama-me | Poesia Brasileira
- Jéssica Iancoski
- 22 de out. de 2020
- 1 min de leitura
Poema de Hilda Hilst Ama-me.
Hilda de Almeida Prado Hilst foi uma poeta, ficcionista, cronista e dramaturga brasileira.
É considerada pela crítica especializada como uma das maiores escritoras em língua portuguesa do século XX.
Ela nasceu em São Paulo em 1930 e faleceu em 2004, aos 74 anos.
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Poema: Ama-me
Autor: Hilda Hilst
Voz: Jéssica Iancoski | @euiancoski
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Ama-me
Aos amantes é lícito a voz desvanecida.
Quando acordares, um só murmúrio sobre o teu ouvido:
Ama-me. Alguém dentro de mim dirá: não é tempo, senhora,
Recolhe tuas papoulas, teus narcisos. Não vês
Que sobre o muro dos mortos a garganta do mundo
Ronda escurecida?
Não é tempo, senhora. Ave, moinho e vento
Num vórtice de sombra. Podes cantar de amor
Quando tudo anoitece? Antes lamenta
Essa teia de seda que a garganta tece.
Ama-me. Desvaneço e suplico. Aos amantes é lícito
Vertigens e pedidos. E é tão grande a minha fome
Tão intenso meu canto, tão flamante meu preclaro tecido
Que o mundo inteiro, amor, há de cantar comigo.
(Prelúdios-Intensos para os Desmemoriados do Amor)

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